22/12/2010

Maga e o Natal...

Num pulinho... ou num saltinho...
Venho correndo... cheia de pressa... o Menino vai nascer e eu tão atrasada...
O Menino vai nascer e eu antes, ainda quero dizer a todos que Ele está chegando,
que precisamos de nos unir, rodea-lo de carinho e encher nossos corações de Amor, porque sem Amor o Mundo não gira, o Menino não nasce... e a tristeza seria imensa...
Mas nada disso vai acontecer!
O Menino vai nascer! ***** FELIZ NATAL !! *****

21/12/2010

Faça da felicidade a sua Rotina

Por vezes, a vida tem momentos em que parece que estamos num verdadeiro oceano agitado, em que temos de nadar incessantemente para conseguirmos sobreviver. As forças começam a falhar e até nos passa pela cabeça parar de lutar. Mas, é certo que é possível vislumbrar o lugar maravilhoso que se pretende alcançar, o passível Éden ou Oásis, onde se pode aliviar a dor, saciar a sede e matar a fome, conquistando a tão desejada tranquilidade e serenidade. Frequentemente, no percurso tumultuoso, agitado e imprevisível da vida tenho medo de passar por qualquer coisa terrivelmente importante e de não o reconhecer como tal, escapando a oportunidade de fazer a diferença na minha vida e na dos outros. E, se aquilo que tanto quero está à minha frente e eu não consigo reconhecer? Ultimamente, apercebi-me que tenho mudado drasticamente a minha maneira de viver. Quando era mais jovem, e até há pouco tempo, fazia muitas coisas que considerava desagradáveis ou aborrecidas, de uma maneira quase automática, sem ter consciência do momento, querendo despachar o que estava a fazer, para voltar a completar uma actividade que me dava mais satisfação e prazer. Porém, ao reflectir melhor, apercebi-me de que todos nós passamos imenso tempo a fazer coisas rotineiras, que não nos fornecem grande satisfação mas que são necessárias para uma vida equilibrada. De facto, toda a vida é feita de rotinas, vivemos em rotina e não há nada de mal nisso. Uma rotina pode ser algo de muito bom, tal como, coisas que se repetirão diariamente ao longo da nossa vida, como, dormir, comer, lavar-se, vestir-se, trabalhar, pagar facturas, etc. A maioria das pessoas estão em busca de novidade todos os dias e esquecem que a novidade é, às vezes, olharmos de forma diferente e encararmos as coisas com outra perspectiva. Por isso é que decidi aprender a tirar proveito da rotina e de todos os momentos que defino como aborrecidos, pois para sermos felizes—e eu quero—temos, também, de aproveitar aqueles momentos que decorrem entre o agora e aquilo que pensamos que a nossa vida deve ser. E, quando perdemos estes momentos, porque queremos fazer outra coisa, perdemos fragmentos importantes da nossa própria vida, momentos que nunca mais vamos recuperar. Por isso, é importante saber lidar com o momento tal como se apresenta e compreender o significado das contrariedades com que nos deparamos. Se vou fazer uma coisa ´chata`, ´aborrecida`, prefiro fazê-la de uma maneira consciente, captando todas as fases, reparando nos meus movimentos, na minha respiração, no decorrer do tempo, no resultado que a minha acção terá, etc. Aprendi, também, a estar mais atenta aos detalhes que me rodeiam: aos sons, às cores, aos cheiros, às gesticulações das pessoas, à maneira como falam ou andam, às minhas próprias reacções e emoções. Acho que a aceitação da nossa realidade é o primeiro passo para promover as mudanças que forem necessárias na nossa vida. É o começo de um processo de transformação. Podemos lutar para mudar a nossa realidade, mas não contra ela. Cada momento é único e insubstituível. Vamos reflectir sobre como utilizamos o nosso tempo, ficar conscientes e gostar de todos os momentos da nossa vida. Actualmente, já tenho consciência de que, por piores que as coisas pareçam, elas irão melhorar sempre. Nesta vida tudo passa e tudo se resolve.

Texto de: Elisabeth Barnard

Directora da revista ZEN ENERGY

20/12/2010

O que é o Amor

Antigamente, eu não olhava sequer para alguém que não obedecesse a certos parâmetros físicos pré-determinados por mim. Hoje em dia, consigo ver mais além… Já não me deixo deslumbrar facilmente e considero que o amor é uma opção que se pode tomar de forma consciente.

Acho que com o tempo vamos reestruturando os nossos conceitos... com base nas nossas experiencias e na nossa própria evolução enquanto pessoas...

Tenho para mim que amar alguém. mais do que gostar, significa também respeitar... admirar... ter orgulho nessa pessoa...
Amor vem sempre carregado de empatias... sintonias.... telepatias... ( certo é que algumas esmorecem com o tempo... )

A minha opinião sobre o conceito Amor, continua romântica... se bem que cada vez mais adaptada à realidade...

Antes o amor para mim era cor de rosa... Hoje é de todas as cores

Amor não é coisa fácil de definir... até porque quando falamos de amor.. não podemos esquecer as diferentes formas de amar...

"O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará."


Quanto ao medo... acabará também por estar sempre ligado ao Amor...
O medo de perder algo que nos é tão querido... que nos é tão essencial...
O medo de falhar... o medo de sofrer.... de que o ser amado sofra também...

No casal... o amor é também composto por varias fases...
A primeira repleta de desejo... e de paixão... que com o passar do tempo se tornará em compreensão... carinho... confiança...
... a plenitude do amor... será a paz e a total tranquilidade...
saber partilhar os lugares e as diferentes fases da vida... estar junto na doença e na tristeza... ultrapassar as diferenças... ser capaz de perdoar...crescer juntos enquanto seres humanos...
o encontro do equilíbrio... encaixando as duas identidades...
Só esses amores encontrarão a longevidade...

http://www.youtube.com/watch?v=2PMsDWQAjEQ

para mim amor é:

acordar e olhar para a pessoa que está ao nosso lado na cama e ter a certeza absoluta que aquele rosto é o que queremos ver ali e não outro qualquer!

O amor é algo que não se explica. Sente-se!

Amor é quando temos ao nosso lado, alguém que nos faz querer ser melhor...todos os dias...um bocadinho mais!

Amor é quando conseguimos aceitar os defeitos do outro...e ajudamo-lo a "lapidar" esses erros de fabrico!

Amor é quando estamos parados numa estação de comboio, encostados a um banco e sorrimos como só os parvos sorriem...

Amor é quando dois sexagenários percorrem um jardim, ao final de tarde de um domingo, com as mãos entrelaçadas...

Amor é quando um simples sms a dizer "gosto de ti" nos faz sentir tão grandes...que nos precisamos de baixar quando passamos pelo Aqueduto das Águas Livres em Lisboa...

Mas como eu só mando tiros ao lado...devo andar mesmo confuso sobre o que é o amor...
Por isso é que ando a pensar ir para o ginásio e, dentro de uns meses, dedicar-me a saber o que são amizades coloridas enquanto aprendo alemão, francês ou até chinês!

http://www.youtube.com/watch?v=jBfZk-kQK7I&feature=player_embedded#!



10/11/2010

MAGA

Na Nazaré parei, na Nazaré passeei... e sonhei!
Com saudades do mar, que avista ao longe, o barco vogando na areia da praia sonhava como eu, sonhos lindos de viagens ao desconhecido, de sol brilhando para com seus raios aquecer o mundo, ou quem sabe? sonhar com mares enormes, que abraçam continentes, que beijam areias diferentes, que molham pés de gentes distantes...
Tirei-lhe a foto, sorrimos os dois, o barco e eu. Olhámo-nos os dois e enquanto sua voz feita de ondas me dizia adeus, fui devagar, muito devagar, andando em direcção... em direcção ao nada de coisa nenhuma, que sempre estará lá para meu refúgio em dias de tempestade...

12/08/2010

Lágrimas

De Dor , de Amor. de Paixão
Que rolam no rosto
E em cada coração

Lágrimas sofridas, impiedosas
De triste condição
Mártires da vida,que por fim vencida
Nos trás solidão

08/08/2010

VICIO

De ti, do teu olhar
Do corpo não presente
Do teu navegar

Vicio da luz,que transporta
O ser, o estar
Momento ausente, por edificar

30/07/2010

Querer Mais

Com fundamento, transgredir
Arriscar, olhar o movimento,
Demorado, lento
Deste mundo a definhar

Querer mais,possui-lo
Aninhar-me no seu olhar
Aquele que do vazio
Faz o meu respirar

20/07/2010

MAGIA

Pra lá do Arco Íris
Aquém da multidão
Sobrevive o instinto
Sobrevive a razão.

Eminente,emergente
Com tal exactidão
Este amor dependente
Duma simples ilusão.

08/07/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (FIM)

O tempo deixara de ser seu aliado, as sevícias tornavam-se insuportavéis, o corpo débil reclamava aconchego e protecção; o mesmo som para lá do portão e a vida a esvair-se como se nada mais importasse.Pedro o louco, aquele por quem Bela se apaixonara zurzia-lhe a alma.
A face pálida,olhar doentio e macilento, o corpo moribundo e mutilado deixava para trás a beleza estonteante e glamorosa .Bela tinha um plano arquiteta-lo tinha-lhe custado muitas horas de sono,os pesadelos constantes mantinham-na em sobressalto, auxiliando o cérebro a se manter activo e consciente. Gradualmente, tinha ganho a confiança de Pedro ás horas da refeição, pedindo-lhe docemente que a soltasse, pois ,apesar de tudo estava mais confortavél,e não iria fugir.Pulsos e tornozelos igualavam-se a pequenos troncos frágeis em que as intempéries dos elementos os quebrariam indubitavelmente,seria naquele dia  a refeição serviria de ponto de fuga, esperou, tentando manter a calma para não se denunciar ; o tabuleiro chegava, um nó retorcia-lhe as entranhas mas uma força superior fê-la investir, os golpes desferidos com a simples faca que a ajudara a alimentar-se provocavam em Pedro ferimentos fatais. De mãos ensaguentadas arrastou-se penosamente até ao portão, trémula quase em choque no limite das suas forças entreabriu-o; e o sol, que se assumia protector, feriu-lhe o olhar toldando-lhe os sentidos,O tempo que permaneceu assim foi longo, anoitecia, o mesmo veiculo aproximava-se, enfraquecida vislumbrava o brilho que dele emanava, a policia chegava ao local,tinham estado  tão próximos, todos os dias perguntavam por ela e todos os dias se afastavam  deixando-a há sua sorte.
Abandonava o local, consciente  que o futuro finalmente se perspectivava redentor


                                               FIM

04/07/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (12ª parte)

O Corpo em frémitos de dor, suplicava, para que as investidas de Pedro cessassem ; possuía-a brutalmente, de olhos cerrados ansiava que os sentidos se extinguissem e a alma a abandonasse.Um grito de angustia e terror trouxe Pedro á realidade, a expressão do seu olhar doentio, transparecia um louco obstinado em que o objectivo final era a saciação do seu eu.
Chorava agora copiosamente, dorida faminta, mas acima de tudo desolada devastada na sua plenitude.
Porquê este comportamento? que homem era este que se revelava agora o seu algoz.
Pedro afastara-se sem proferir uma palavra deixando-a agonizante.
O sol já ia alto, vozes difusas,eram preceptivéis para lá do portão, um veiculo afastava-se vagarosamente.
Saciava a fome, um pequeno tabuleiro empurrado com desdém permanecia ao seu lado,os pulsos doloridos finalmente libertados denotavam toda a sua fragilidade

01/07/2010

Inquietude

Ausente deste corpo a que me prendo
Reduzida á razão desta ilusão
Subjacente ao brilho que se desprende
Desta inquietude desta frustração.

Entorpecida pela dor que dilacera
O ser que se encontra em  regressão
Possuída ,humildemente remetida
A esta vida, de podridão.

28/06/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (11ª parte)

Estacionaram em frente de um edifício peculiar , uma certa arte Naif, populava com um Barroco Rococó,embora parece-se abandonado pequenos pormenores denotavam a presença humana. Pedro conduzira-a até ali enigmático e de olhar furtivo esquivara-se ás suas perguntas . O interior era frio,húmido e o odor que emanava revoltava as entranhas, como se algo moribundo se arrastasse por ali.Alguns cadeirões rotos e debutados espalhavam-se pela área, o chão sujo denotava marcas grosseiras de líquidos viscosos de difícil remoção.
Uma pancada seca fê-la mergulhar num abismo profundo,do qual emergia agora,confusa ,a cabeça a latejar
os sentidos devastados tentou erguer-se, mas algo a impedia, de mãos e pés manietados o corpo descoberto e gélido, o sol que se esgueirava pela minúscula janela ,o ar putrefacto, aquele local.

24/06/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (10ª parte)

A sessão iniciara, um filme romântico fora escolhido prazeirosamente para aquele final de noite.
No escuro a percepção dos sentidos intensificava-se,o tacto a suavidade dos seus dedos procuravam o calor intenso das mãos de Pedro. Uma lágrima furtiva teimava em deslizar pelo seu rosto, Pedro estava atento e cálidamente interrompeu o seu curso.
De mãos dadas respiravam avidamente o crepúsculo da noite, sombras observavam-nos, envolvendo-os dramaticamente.
Marcaram encontro no Bistrô ao fundo da rua 12:30, Bela chegou mais cedo ,pediu um Martini em copo com sal, adorava esta junção, subjugando o paladar ,estimulando-o a novas perspectivas,a novas emoções.
Avistara Pedro,um fato possivelmente comprado no exterior tornava-o ainda mais atraente e sedutor.
Os seus olhos cruzaram-se e um frio gélido percorreu todo o seu ser, algo não correspondia ao perfil a que Pedro a tinha habituado,almoçaram quase em silêncio apenas interrompido por pequenas frases proferidas aleatoriamente.

23/06/2010

MAGA

A Primavera já lá vai, perdida nas folhas do calendário que já foram para a reciclagem...
Mas não há Primavera que não venha seguida do Verão... e o Verão aí está repleto de cor e de perfumes fortes. Os verdes tornaram-se mais escuros, mais adultos. Os rios, os riachos, qualquer ribeiro, levando consigo a água fresca que corre cantando, enche de vontade de um mergulho refrescante qualquer ser vivo que encalorado, passe por eles.
As árvores, essas, algumas já floriram, algumas já deram fruto, algumas começam agora a mostrar seus frutinhos pequenos e bem verdinhos... mas algumas, estão agora cobrindo seus ramos de vistosas flores, que não tarda e com a força do calor, depressa terão a seus pés um tapete colorido de pétalas caídas, enquanto aparecerão os frutos que irão ficar apetitosos ao longo do Verão! É o caso da romãzeira, árvore linda, de suas flores de um vermelho vivo, fazendo já lembrar os bagos luzidios que mais tarde, quando o Inverno chegar, farão lembrar os dias quentes deste Verão que ainda agora começou e que não tardará a ser recordação!...

22/06/2010

Consequência

Esse olhar livre e seguro
Que transporta compaixão
Remete-nos ao futuro
Nesta triste condição.

Sofrida , perdida na noite
Como quem só assim se mantém
Perturbada enlouquecida
E por fim já remetida
A esse mundo de ninguém

19/06/2010

DA JANELA PARA O MUNDO( 9ª Parte )

Por momentos o seu olhar perdeu-se no balançar do precioso néctar que vibrava no copo de cristal,o seu pensamento vagueava na tentativa de conhecer Pedro, para além do fogo que a consumia a cada investida,ansiava poder revelar-lhe, as noites cálidas ao
som das Estações de Vivaldi, o gosto enuzitado pela pintura,Pablo com a sua Guernica
assumidamente surreal. E o Bolero,Ravel tinha-lhe sido apresentado de uma forma abrupta e emocional; a versão mais pura que jorrava o vermelho mais intenso e intemporal. Jorge Donn reinventara a magia dos corpos, em comunhão com o poder dos sons, Les Uns et les Autres, na sua versão original possuira-lhe os sentidos, devastando-os tornando-os submissos a um só querer. E Cesário Verde, em que frutas e flores se fundiam numa panóplia de cheiros e cor. E o gosto Gourmet refinado,aliado há paixão dos sabores acre e doce , sumptuoso e iverosimél , e as flores as crianças.
E Pedro quais os seu gostos, as suas vontades?
Este homem inebriava-a toldava-lhe a alma, mantinha-a expectante.

14/06/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (8ªparte)

Serenamente ,fez deslizar pelo seu corpo um vestido de seda, transparecendo
a sua exuberância e sensualidade, as elegantes sandálias com finas pedrarias davam ao look um glamour inigualavél.
Pedro esperava-a ansiosamente no quarto de hotel ,seu corpo másculo antevia momentos de puro prazer, Bela toldava-lhe os sentidos imiscuía-o na sua própria condição,instintos selvagens assoberbavam-no deixando-o enlouquecido.
A refeição fora rápida, pequenos canapés e uns deliciosos damascos tinham-nos
deixado satisfeitos, degustavam agora um fino licor Italiano.
Pedro observava-a,suas formas voluptuosas envolviam-no numa espiral de luxúria
e paixão.

08/06/2010

Desejo

Perspectiva-se a loucura
A tentação infernal
Mas o âmago da ternura
Percorre firme e segura
O instinto carnal.

Tão ardente que irrompe
Esse espaço primordial
Alma, sangue á mistura
Nesse que só dura
Um momento afinal

04/06/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (7ª parte)

Permanecia agora num extase que disseminava toda a sua alma,buscava a paixão e o amor,almejava a felicidade;sentia tudo isso quando estava com Pedro.Era ele o seu
porto seguro, o abrigo onde se aninhava, perdendo-se no calor que dele emanava.
Bela, olhava para a imagem que reflectia no espelho estratégicamente colocado no tecto
do seu quarto e estremeceu, imagens difusas de sofrimento,dor,raiva e frustração deambulavam no seu inconsciente agonizando-a.
Tocava-se agora, perscrutando cada contorno, cada recanto, perdendo-se em ondas de prazer, que percorriam o seu corpo faminto,de um paraíso que existe.

26/05/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (6ª parte)

Indiferentes aos olhares curiosos,passeavam agora na marginal, traziam no rosto a expressão pura de momentos edificantes cujo cunho perpetuava o prazer dos corpos irradiando sedução.
Bela olhava para Pedro com ternura, não imaginando porém o que se escondia para lá daquele olhar que se esgueirava em cada troca,em cada sorriso, em cada ilusão.
O sol desaparecia no horizonte envolto em mil cores; chegara a hora da despedida,retornaria ao seu quarto,ao seu mundinho medíocre, de auto-destruição,àquele cujo o qual não conseguia libertar-se, sim ,ela assumia-se como uma mulher da vida,em que a tortuosidade de cada momento suplicava compaixão.
Sucumbira a uma noite copiosamente desgastante, o seu corpo reclamava sentimentos
perdidos, jamais encontrados em putrefactos momentos de evasão, em que se abandonava aos devaneios de um qualquer, subjugando-se ao vil metal que a corrompia.

20/05/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (5ª parte)


Demorava-se agora, naquele olhar penetrante que a envolvia . Uma onda de prazer fê-la vibrar, seus lábios carnudos entreabertos pulsavam de desejo, esta mensagem generaliza-se e todo o seu corpo correspondia. Pedro desejava-a loucamente, agora entrelaçados sedentos de volúpia, os corpos surgiam num ritmo alucinante em que o limite era o saciar do fogo que perscrutava  cada  recanto, cada gesto, cada olhar. Permaneceram assim, neste limbo, em que corpo e alma se fundiam numa panóplia de odores e sensações. Amanhecia, raios  tímidos iluminava-os  ténuamente, nus ,revelavam-se mais belos de uma sensibilidade arrojada, de quem depois de saciado proclama a rendição.

18/05/2010

LOUCURA

Deambulava neste sofrimento
Neste mundo de devastação
Já não presente, só indiferente
Ao momento de solidão.


SIMPLES

Rolava agora nesse verdejante
Que outrora fora asfalto em construção
Simples, directo, incoerente
No momento dependente
De uma singela ilusão.


ATRAVÈS DE TI
Através de ti observava
Um comportamento animal
Intolerante, sobejamente agonizante
Num precedente sem igual.

06/05/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (4ª parte)

De olhos semi-cerrados, sentia um vazio percorrer-lhe o corpo que agora inerte permanecia submisso a um só querer, a verdade o porquê de tal atrocidade, a manhã já ia alta, os raios de Sol penetravam no aposento vigorosamente.
Pedro pressionava agora campainha, o que fez com que Bela saísse da letargia em que se encontrava, ainda perturbada, abrira a porta sem se preocupar com o seu corpo nu exposto ao olhar de Pedro, esta visão fê-lo demorar-se em cada detalhe em cada curva, absorvendo odores, inalando sedução.
Mandou-o entrar, absorta nos seus pensamentos, nem reparara no ar lascivo de prazer que tinha provocado. Tragava agora um café, e pela primeira vez observava demoradamente aquele homem misterioso que tinha entrado abruptamente na sua vida.

29/04/2010

Prazer Sem Limite



Ácido, doce, pura loucura
Corpos revoltos em profusão
Sedentos do néctar e da luxúria
Desse momento que só perdura
Na nossa imaginação.

ANGUSTIA


Olhar triste, sofrido
Dor, angustia, frustração
Paradigma da vida
Vida que mal resolvida
Se encontra em destruição

Valores mais altos ressaltam
Neste mar de confusão
Sentimentos perdidos
Sempre que revividos
Provocam desilusão.


23/04/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (3ª parte)

Já na salinha que tinha sido decorada com muito bom gosto, poltronas de veludo púrpura, ladeadas por pequenas mesas marmoreadas, cujos veios, identificavam o local da sua extracção, tornavam o ambiente apelativo e acolhedor; disposta numa delas, uma garrafa de champanhe e uns fantásticos morangos apelavam há luxúria.
Passava das 00:03h, o tempo não lhe pertencia, cada gesto cada palavra, absorvia-a.Este homem enigmático acariciava-lhe os sentidos, deixando-a sem defesas.
Os pregões matinais já se faziam ouvir, no ar um odor fresco a orvalho invadia a divisão.
Despediram-se com promessas de uma nova visita e agora extenuada, mas particularmente feliz, adormeceu. O dia trar-lhe-ia uma nova visão dos acontecimentos.
Lá fora o burburinho intensificava-se, sirenes, gritos e o apito estridente de um polícia -la levantar-se, o sol quase a pôr-se provocou-lhe uma sensação de preguiça ainda maior, o estômago já dera sinal, vestiu-se apressadamente e desceu; tinha combinado com Maria um pequeno lanche na pastelaria ao fundo da rua, absorta nestes pensamentos não reparava na agitação em frente a sua casa.
Coitada, que monstro pode ter feito isto, dizia alguém horrorizado com tal cenário,
Talvez um crime passional retorquiu outro, involuntariamente o seu olhar petrificou ao avistar o corpo que jazia já sem vida no empedrado sujo e frio.
Não conteve as lágrimas e sentiu-se desfalecer, acordava agora envolta nuns braços robustos, aconchegantes e naquele olhar que a tinha perturbado. A lembrança de Maria já sem vida, o seu corpo esquartejado, o cheiro ocre do sangue fizeram-na gritar de dor Quem poderia ter feito tal monstruosidade, este pensamento persistia, sem que conseguisse tirar dai alguma conclusão.
A polícia interrogava-a agora, mas o seu olhar deambulava pela divisão, as suas palavras balbuciadas descompassadamente torturavam-na.
A sua melhor amiga tinha sido assassinada, quem? Quem seria o monstro capaz de tirar a vida aquela que ela tanto amava.
                                                                                               ( Continua )

22/04/2010

Parabéns para o seu blogue Maga

Aqui fica uma prendinha para a minha amiga, 
Maga pelo primeiro ano do seu blogue
que seja o primeiro de muitos.
Centro de mesa feito por mim.


20/04/2010

Que Lindos

Estes lindinhos já foram criados cá em casa
os peixes realmente dão-nos imagens maravilhosas




18/04/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (2ª parte)

Como que por intuição, apressaram o passo, desaparecendo no beco mais próximo.
Já em casa Maria ainda pensava na sensação estranha que o desconhecido lhe tinha provocado, comentando com a amiga essa sua inquietude.
Bela olhava agora através da vidraça, algo lhe despertara a atenção, o mesmo homem, o mesmo olhar, observava-a agora. Retirou-se para junto de Maria sem contar o sucedido. Passaram o resto da tarde em amena cavaqueira bebericando um chá que as reconfortava.
O cair da noite provocava em Bela sensações controversas, a angústia incontida transformava o cenário do seu quarto, num mundo obscuro, em que o prazer e a dor coexistiam lado a lado.
O som da campainha fê-la bloquear os pensamentos e de relance olhou o relógio que se encontrava na mesinha de apoio, 22:00h,o tempo mantinha-a cativa. Lá fora começara a chover.
Deparava agora com aquele homem, parecia mais alto e um leve sorriso brincava-lhe no olhar, aquele que tinha ficado gravado na sua memória.
Olá disse ele, sua voz rouca, quase indolente, transmitia lascivamente sensações inexplicáveis; mandou-o entrar não imaginando porém que iria ser ele o seu algoz.

                                                                                                     (Continua)

Amigos

Leais na plenitude
Amigos por opção
Irradiando juventude
Usando a emoção

Percursores do tempo
Motivadores da ilusão
Num crescendo, diferente
Neste olhar de gratidão.



17/04/2010

À Vossa Imaginação (revelação)

 " Maga disse:
Então o mistério deverá, terá de ser desvendado..."
Não é mistério, é tão simplesmente isto:


15/04/2010

DA JANELA PARA O MUNDO

Uma leve brisa, fez estremecer o seu corpo que se encontrava descoberto, no ar pairava um cheiro cítrico, que envolvia alegremente a divisão.
Estranhamente, algo a fez erguer desse marasmo que se instalara na sua vida; lá fora ouviam-se passos agitados, numa calçada sempre suja, risos fáceis de crianças brincavam inconscientes
mas existia um único som quase inaudível, imperceptível ao vulgar dos mortais, o som da sua consciência.
A noite anterior tinha sido terrível, no corpo a dor, a mágoa, de um passado presente ao qual não conseguia fugir.
Todo o seu ser tinha sido devastado e agora enrolada sob si chorava de raiva e indignação.
O toque da campainha fê-la voltar há realidade; Maria sua grande amiga chegara para a consolar, as conversas eram sempre ambíguas, ora choravam ora riam quase parecendo portadoras de alguma doença psicossomática, mas só assim conseguiam descomprimir dessa vida putrefacta em que estavam atoladas.
A fome apertava, resolveram sair; por perto e na tasquinha do costume, saciaram os corpos de um alimento que lhes seria crucial, por fim, um café quentinho reconfortava a alma de quem a tinha extinguido na sua plenitude.
Cá fora indiferente a tudo e todos permanecia alguém que iria mudar drasticamente o rumo desta história. A beleza estonteante destas mulheres não passava incólume, o ar ficava rarefeito, os pensamentos obstruídos e o olhar tentava absorver cada curva, cada expressão, cada odor que delas emergia.
Maria a mais efusiva, chamava agora a atenção, da amiga beliscando-a furiosamente; avistava um espécime em vias de extinção; alto, musculado cujos olhos de um azul profundo a fizeram estremecer; não de prazer mas sim de algo que posteriormente iria reconhecer.

                                                                                                   Continua

12/04/2010

Respirar




Instinto que nos perturba
Que nos trás tão animal
Desejo reprimido,dor no peito
Ar contido,sofrimento natural
Momento que edifica, perspectiva final,
Ruptura subserviente
Que fervilha que se sente
Que vibra sem igual

10/04/2010

Literatura de Cordel por Marcos Mairton

Estes versos transcritos do 1º livro de Marcos Mairton
“Uma Sentença, uma Aventura e uma Vergonha”
Os quais tenho a honra e o orgulho de transcrever,
Demonstram a importância da Literatura de Cordel para o Mundo.
Numa época conturbada em que os valores se alteraram
Salva-se a rima, a expressão maior, de algo que, inequivocamente persiste
Na nossa alma.

                                                 Obrigada Mairton
                                           Por me ter enviado este verso

Um livro é um filho que a gente cria,
Educa e prepara, com todo carinho,
Mas quando ele cresce, é que nem passarinho,
E voa pra longe, como eu fiz um dia.
Mas, sempre é motivo pra nossa alegria,
Saber que distante, em outro lugar,
O sucesso dele vem nos orgulhar.
Assim, não podendo voar o seu vôo,
Meu livro, meu filho, pra sempre abençôo,
Cantando galope na beira do mar.

Se quiser conhecer melhor este excelente autor leia AQUI

08/04/2010

À Vossa Imaginação

Beleza efémera,
sublime,surreal
momento edificante
quem sois vós,afinal.

Proponho-vos sugestões.

07/04/2010

Mais Uma Beleza Natural

A Natureza é capaz de nos transmitir sentidos inigualáveis e o da visão é um dos
mais inequivocos assim nos mostra esta foto

03/04/2010

Férias da Páscoa


È na Natureza que reencontramos forças para a realidade do quotidiano
por vezes, uma escapadinha,só nos faz reviver histórias da nossa infãncia
em que a simplicidade rural nos transporta para belezas inigualavéis.
Esta velha Nora, para quem não sabe, era um antigo meio de se retirar água
dos poços,normalmente, funcionava com tracção animal.
E a cerejeira florida como fundo torna o ambiente edílico
Belezas naturais que não encontramos na amálgama de betão.

01/04/2010

MAGA

Para todos os nossos visitantes e amigos...

Os desejos de uma Páscoa plena, de uma Páscoa em que o coelhinho entregue a todos ovos de bençãos, de paz, de amor, de felicidade e em que impere a amizade!

FELIZ PÁSCOA!!!

27/03/2010

Consequência

Esse olhar, livre e seguro
que transporta compaixão
remete-nos ao futuro
esta triste condição.

Sofrida, perdida na noite
como quem só assim se mantém
perturbada,enlouquecida
e por fim, já remetida
a esse mundo de ninguém.

23/03/2010

Sorriso Fácil

Alegremente emergente
neste estar,nesta exactidão
profundamente indiferente
neste sentir,neste turbilhão

Sorriso fácil, que nos contagia
nos amplifica nesta multidão
simplesmente presente
simplesmente ilusão.

22/03/2010

MAGA

Chamam-lhe "Bocas -de -Lobo".
É, como podem ver, uma flor linda, delicada e como muitas coisas nesta vida não se entende porque lhe puseram tal nome...
Porque chamam estrelas ás estrelas? Porque motivo deram o nome de mar ao mar? Eu não sei, vocês não sabem... mas são nomes que ao ouvi-los não nos ferem, não nos incomodam. Outros há, que não nos soam bem, que não entendemos porquê...
A escrita é feita de palavras, a fala diz-se com palavras, as palavras têm o sentido que cada um de nós lhes queremos dar. Há palavras lindas como "AMOR", "AMIZADE", "FRATERNIDADE" e tantas outras...
Há palavras horríveis como "fome", "maldade", "doença"...
Era tão bom se pudéssemos banir todas as palavras feias de todas as línguas, era tão bom que todos os povos, que todo o planeta aprendesse todas as palavras que transmitem calor, segurança, bem-estar, que todos unidos conseguíssemos fazer da Terra um planeta melhor!!

19/03/2010

Um casal de jovens chega ao consultório de um médico terapeuta sexual

O médico pergunta:
- O que posso fazer por vocês?
O rapaz responde:
- Poderia ver-nos a fazer amor?
O médico olha espantado, mas concorda. Quando terminam, o médico diz:
- Não há nada de mal na maneira como fazem amor;  cobra 70,00 euros pela consulta, o que se repete por várias semanas.
O casal marca um horário, faz amor sem nenhum problema, paga ao médico e deixa o consultório. Finalmente o médico resolve perguntar:
- Afinal, o que estão a tentar descobrir?
O rapaz responde:
- Nada, o problema é que ela é casada e não posso ir a casa dela, também sou casado e ela não pode ir a minha casa. No Hotel Tivoli, um quarto custa 120,00 euros, no Hotel Holliday Inn custa 100,00 euros, aqui fazemos amor por 70,00 euros, temos acompanhamento médico, é passado um atestado, sou reembolsado em 42,00 euros pela Medis e ainda consigo uma restituição do IRS de 19,25 euros.

18/03/2010

No Limite

Singular,vacilante e triste
percorrendo as ruelas da indignação
semblate rude,que já não transmite
verdade,dor ou emoção


Outrora,belo, cheio de esplendor
provocação dura e  intemporal
momento presente,irreverente
no limite do irracional.

09/03/2010

Infinitamente em Vão

Sucessivamente defraudada
neste mar, nesta imensidão
neste crepúsculo, que nos aterroriza
neste mundo em ebulição

Dependente, omenipresente
nesta desordem, nesta podridão
infinitamente permanente
infinitamente em vão.

01/03/2010

Insustentável presunção do ser

Esse que nos circunscreve, nos idolatra e nos corrói, poder que nos atormenta e nos destrói, obsessão maníaca, corrupta e desleal, momento de repulsa, ambiguidade difusa, materialização real.