26/05/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (6ª parte)

Indiferentes aos olhares curiosos,passeavam agora na marginal, traziam no rosto a expressão pura de momentos edificantes cujo cunho perpetuava o prazer dos corpos irradiando sedução.
Bela olhava para Pedro com ternura, não imaginando porém o que se escondia para lá daquele olhar que se esgueirava em cada troca,em cada sorriso, em cada ilusão.
O sol desaparecia no horizonte envolto em mil cores; chegara a hora da despedida,retornaria ao seu quarto,ao seu mundinho medíocre, de auto-destruição,àquele cujo o qual não conseguia libertar-se, sim ,ela assumia-se como uma mulher da vida,em que a tortuosidade de cada momento suplicava compaixão.
Sucumbira a uma noite copiosamente desgastante, o seu corpo reclamava sentimentos
perdidos, jamais encontrados em putrefactos momentos de evasão, em que se abandonava aos devaneios de um qualquer, subjugando-se ao vil metal que a corrompia.

1 comentário:

Maga disse...

Continua, vais bem!