04/07/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (12ª parte)

O Corpo em frémitos de dor, suplicava, para que as investidas de Pedro cessassem ; possuía-a brutalmente, de olhos cerrados ansiava que os sentidos se extinguissem e a alma a abandonasse.Um grito de angustia e terror trouxe Pedro á realidade, a expressão do seu olhar doentio, transparecia um louco obstinado em que o objectivo final era a saciação do seu eu.
Chorava agora copiosamente, dorida faminta, mas acima de tudo desolada devastada na sua plenitude.
Porquê este comportamento? que homem era este que se revelava agora o seu algoz.
Pedro afastara-se sem proferir uma palavra deixando-a agonizante.
O sol já ia alto, vozes difusas,eram preceptivéis para lá do portão, um veiculo afastava-se vagarosamente.
Saciava a fome, um pequeno tabuleiro empurrado com desdém permanecia ao seu lado,os pulsos doloridos finalmente libertados denotavam toda a sua fragilidade

1 comentário:

Maga disse...

Eu cá sempre disse que o tipo não era de fiar...