18/04/2010

DA JANELA PARA O MUNDO (2ª parte)

Como que por intuição, apressaram o passo, desaparecendo no beco mais próximo.
Já em casa Maria ainda pensava na sensação estranha que o desconhecido lhe tinha provocado, comentando com a amiga essa sua inquietude.
Bela olhava agora através da vidraça, algo lhe despertara a atenção, o mesmo homem, o mesmo olhar, observava-a agora. Retirou-se para junto de Maria sem contar o sucedido. Passaram o resto da tarde em amena cavaqueira bebericando um chá que as reconfortava.
O cair da noite provocava em Bela sensações controversas, a angústia incontida transformava o cenário do seu quarto, num mundo obscuro, em que o prazer e a dor coexistiam lado a lado.
O som da campainha fê-la bloquear os pensamentos e de relance olhou o relógio que se encontrava na mesinha de apoio, 22:00h,o tempo mantinha-a cativa. Lá fora começara a chover.
Deparava agora com aquele homem, parecia mais alto e um leve sorriso brincava-lhe no olhar, aquele que tinha ficado gravado na sua memória.
Olá disse ele, sua voz rouca, quase indolente, transmitia lascivamente sensações inexplicáveis; mandou-o entrar não imaginando porém que iria ser ele o seu algoz.

                                                                                                     (Continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou a gostar quero ver mais,empolgante